quinta-feira, 16 de junho de 2016

Rousseau

-    Na visão de Rousseau o papel que o contrato social tem pela conquista da natureza humana original.
       Para Rousseau, o homem é corrompido no processo de civilização, através da sociedade, onde surge o conceito de propriedade. O homem nesse contexto passa de um estado “natural” para um estado “convencional”, deparando-se com as desigualdades sociais. Nessa transição entra o Contrato Social, que funcionaria como um meio de restabelecer a igualdade. Porém, dentro de um sistema que agiria de uma maneira em que os interesses dos indivíduos ditariam a vontade geral dentro desse estado “democrático” proposto por Rousseau, que por outro lado marca a elaboração da noção de estado moderno, acreditando que apenas um contrato com os semelhantes, estabeleceria bases legítimas para uma vida em sociedade.
  

- Tese de Rousseau em vista do contexto atual.
      Na sociedade atual percebe-se a busca pelos interesses individuais, em todos os sentidos. O poder geral é estabelecido através do estado com objetivo de controlar os demais indivíduos que não estão diretamente ligados a soberania, onde existe uma democracia, mas muito abstrata no sentido político, social e intelectual. No cinismo dessa modernidade cada vez mais se aumenta as desigualdades, quem tem propriedade e quem tem voz ativa é mais favorecido do que quem não tem, sendo assim esse contrato social que Rousseau propôs em sua tese também era falho em relação à natureza humana original.




Pensamento de John Locke

      Preocupava-se sempre com a natureza do homem, a sua condição, os seus problemas morais e o sentido do destino. Locke também é considerado fundador do empirismo, ou seja, tem como base fundamental  o conhecimento através da experiência. Locke afirma que o ser humano nasce com capacidade de raciocinar, direito à liberdade e auto-interesse. Assim está ele no estado de natureza, em que nenhum homem possui mais do que o outro - não existe subordinação. A visão de sociedade para Locke está no individuo, mas no estado de natureza, já na visão de coesão social, a relação está com o pacto de consentimento, logo na visão de estado, ele se encontra na representação e na promoção da propriedade como base.
      Locke é um dos principais representantes da teoria dos direitos naturais, concebendo especificamente cada um dos termos dentro do estado natural, contrato social e estado civil. Ele se opõe a teoria aristotélica, indica ser a existência do individuo anterior à sociedade e o estado. Locke também emprega a noção de propriedade no seu significado especial em se tratando de bens móveis e imóveis, nessa concepção ele cita que a propriedade já existe no estado de natureza e é um direito natural do indivíduo. Para ele, “é na realidade o trabalho que provoca a diferença de valor em tudo quanto existe”.
      Nessa teoria, ele cita que existem inconvenientes relacionados à violação da propriedade, e que, é através do contrato social que os homens realizam a passagem do estado de natureza para a sociedade política ou civil. Esse contrato social funciona como uma espécie de consentimento, em que os indivíduos concordam livremente em formar a sociedade. Locke explicita os principais fundamentos do estado civil: o livre consentimento dos indivíduos para o estabelecimento da sociedade, o livre consentimento da comunidade para a formação do governo, a proteção dos direitos de propriedade pelo governo, o controle do executivo pelo legislativo e o controle do governo pela sociedade. Quanto ao direito de resistência ele afirma que toda ação contra um estado ilegal é uma ação legal e que homens livres não se submetem a grupos que tomam o poder pela força e impõem um regime de exceção e medo.
      John Locke estudou a relação entre a propriedade e o direito natural, definindo bases da democracia liberal e individualista, afirmando o uso do trabalho como ponto determinante para sua apropriação, servindo de inspiração para criação de varias constituições. Exerceu enorme influência sobre todos os pensadores de seu tempo. A maior parte de sua obra se caracteriza por oposição ao autoritarismo, seja ele: individual, político ou religioso. Acreditava na utilização da razão para obter a verdade.



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Forma de analisar a sociedade pelos clássicos:

DURKHEIN (1858-1917)

  • MÉTODO COMPARATIVO
  • FATO SOCIAL
  • SOCIEDADE PREVALECE SOBRE OS INDIVIDUOS
  • UM CONJUNTO DE NORMAS-AÇÃO-PENSAMENTO-SENTIMENTO
  • REGRAS E NORMAS COLETIVAS
  • SOCIEDADE




WEBER (1864-1920)

  • MÉTODO COMPREENSIVO
  • AÇÃO SOCIAL
  • SOCIEDADE NÃO É ALGO SUPERIOR E EXTERIOR AOS INDIVIDUOS
  • COMUNICAÇÃO A PARTIR DE SUAS AÇÕES COM OS DEMAIS
  • O INDIVIDUO ESCOLHE SUA AÇÃO
  • INDIVIDUO



MARX ( 1818-1883)

  • MÉTODO DIALÉTICO
  • AÇÃO SOCIAL E FATO SOCIAL
  • NÃO SE PODE PENSAR A RELAÇÃO INDIVIDUO E SOCIEDADE SEPARADAMENTE
  • AS CONDIÇÕES MATERIAIS DE TODA SOCIEDADE CONDICIONAM AS DEMAIS RELAÇÕES SOCIAIS
  • A CLASSE SOCIAL É QUE DEFINE O INDIVIDUO E SUA RELAÇÃO COM A SOCIEDADE (CAPITALISTAS E TRABALHADORES)
  • INDIVIDUO E SOCIEDADE










RESUMO:   PARA  QUE SERVE A SOCIOLOGIA? 
A Sociologia nos é apresentada como ciência que se dedica ao estudo das relações sociais que se estabelecem no viver, usufruir da cultura e da natureza de forma coletiva. Essa ciência busca explicar a sociedade através de teorias e métodos de análises de diferentes pensadores ou teóricos. Diante deste contexto, estaremos abordando aqui, dois teóricos, suas respectivas teorias e seus métodos que diferem num contexto geral na sua maneira de ver a sociedade. Ao apresentar Durkheim com a teoria positivista-funcionalista e Karl Marx com a teoria histórico-crítica, teremos uma maior compreensão dos termos: sociedade, ser humano e educação. Cada um desses teóricos define um método e um objeto de estudo para conhecer e explicar a realidade.
Partindo da posição de Martins (1988) que diz a sociologia constitui um projeto intelectual tenso e contraditório, que de um lado representa uma arma poderosa a serviço dos interesses dominantes e de outro, é uma expressão teórica dos movimentos revolucionários. Para ele não existe um consenso, e sim, maneiras diferentes de ver a sociedade, o ser humano e a educação. Ressaltamos também a explicação de Guareschi (1999), sua definição de teoria parte de que “teoria á um conjunto de leis que procuram explicar a realidade, os fatos concretos e singulares”, já sua definição de “lei como a descoberta das relações mais ou menos constantes entre os fatos.” Ele também explicita que a primeira grande corrente ou teoria é chamada de positivista, porque implica ou pressupõe que a realidade é a que está aí, na nossa frente, oque vemos e apalpamos. E que em outro nome podemos chamar de funcionalista, onde o funcionamento acrescenta que a realidade é o que está aí, porém, estruturado, formando um sistema organizado, onde tudo tem sua função. Guareshi nos lembra de que a teoria positivista-funcionalista tem como objetivo o equilíbrio, a ordem e harmonia das sociedades.

Durkheim, um dos principais teóricos clássicos da Sociologia, explicita sua teoria positivista-funcionalista onde tem seu objeto de estudo focado nos fatos sociais, que se apresentam como coercitivos, pois se impõem ao individuo, generalizados, porque se aplicam a todos os indivíduos de uma sociedade e exteriores, encontram-se fora do indivíduo. Para ele quando nascemos possuímos uma consciência individual, egoísta e somente a consciência coletiva é capaz de nos tirar do egoísmo, a consciência social nesse caso é a consciência coletiva que constrói em nós a consciência social por meio da Educação. A consciência social essa, é constituída através da efervescência (momento histórico da criação) na qual se desencadeou a criação de ideais
religiosos, morais e intelectuais, esses ditos ideais foram introduzidos após as principais transformações que ocorreram em sua época, que podemos citar As revoluções Industrial e Francesa, tais acontecimentos são considerados o produto da vida em grupo, que penetra na consciência individual e dessa forma se organiza de modo duradouro. Segundo ele, essas duas grandes transformações, chamada de “última grande efervescência”, fizeram surgir um novo tipo de solidariedade, solidariedade orgânica, embora exista também a mecânica. A solidariedade mecânica leva a dependência, já a orgânica leva a independência do ser humano, na primeira a dependência se da pela visão de mundo e na segunda a independência se da na sobrevivência. Com as revoluções, o ser humano torna-se independente em vários aspectos, apesar de a divisão do trabalho nos tornar dependentes uns dos outros. Durkheim (1968) expressa sua teoria conservadora, pois acredita que a Educação tem como função reproduzir a sociedade instituída. Ele possui essa visão, pois não quer que a sociedade mude, tem uma visão positiva em ralação à sociedade capitalista.
A segunda corrente teórica da Sociologia é a Histórico-crítica, através do pensador, também clássico, karl Marx, onde o mesmo ressalta que o mundo não é um estanque e que a crítica é um instrumento de mudança. Tendo como conceito chave para compreender e explicar a sociedade o modo-de-produção. Para ele o modo de produção é constituído pela superestrutura e pela infraestrutura, ou seja, na superestrutura estão os domínios de ideias (ideologias, políticas, escolas etc.), já na infraestrutura estão os domínios da economia, onde a produção de bens efetivamente acontece. Segundo Marx na sociedade capitalista, quanto mais dinheiro se tem, mais livre se é, e a transformação da sociedade se da pela socialização dos meios de produção (fábricas, máquinas e ferramentas). A educação para Marx é um dos meios para se construir uma sociedade mais igualitária, onde a crítica leva a mudança. Assim para Marx, a sociedade é constituída de um modo-de-produção onde o ser humano é explorado por outro ser humano, e para superar essa exploração faz-se necessário que o ser humano tome consciência da situação de classe explorada e de forma organizada lute para transformar essa realidade.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Trabalho de Antropologia- Choque Cultural- (exemplo)

Universidade de Caxias do Sul
Aluna: Ellen Cristina Silveira de Jesus – Sociologia
Prof: Lili - Antropologia

Dê um exemplo de uma atitude etnocêntrica e de uma atitude relativizadora. Para tal, crie uma história sobre uma situação qualquer que envolva uma relação social que contenha choque cultural.


Cultura Urbana x Cultura Rural
           
            No cotidiano estamos a todo  momento vivenciando situações em que encaixamos atitudes etnocêntricas e também relativizadoras.Quando falo em cultura urbana quero dar um exemplo simples de um  adolescente em plena fase escolar (12 / 13 anos)acostumado com a vida da cidade,onde passa a maioria do tempo na escola, no transporte, em frente ao computador , com seu celular, com seu grupo de amigos já organizados na rede social, enfim acostumado com esse padrão de vida mais tecnológico e muito movimentado.
            Digamos que, depois de construir costumes e hábitos do seu cotidiano e estar adaptado a eles. Esse adolescente (em função de uma crise familiar),muda para o campo, e lá se depara com árvores, cavalos, vacas, rios ,matas fechadas. A luz é pra poucos, quem tem TV tem tudo e muitos nem luz têm. Nesse caso a tecnologia fica bem mais restrita, tem que ir a pé pra escola, a cidade mais próxima fica 100km de distância, ônibus que passa uma vez por dia, quando a péssima condição da estrada permite. Há muitas diferenças culturais em vários aspectos em relação ao meio cultural em que o adolescente vivia na cidade.
            Por um lado esse adolescente pode ter uma atitude etnocêntrica por não estar preparado para viver essa outra forma de cultura, podendo estar adepto de vários preconceitos em relação à vida no campo e considerando que  é melhor viver na cidade onde está próximo do seu grupo social e a cultura que ele já traz na bagagem. Por outro lado ele pode simplesmente estar interado para essa mudança, concordando e aceitando a nova cultura, procurando conviver em harmonia com o novo ambiente, se descobrindo através dessa nova cultura, nesse caso ele teria uma atitude relativizadora.

          Considerando que a cultura urbana e a cultura rural apresentam muitas diferenças na maneira de viver, esse é um exemplo de choque (choque cultural) entre uma cultura e outra. A situação da  mudança do adolescente já com sua cultura mais ou menos definida na cidade,  chocou-se com a ida  para o campo,onde a cultura é outra e da mesma forma ocorreria se fosse o contrário . A melhor forma para encarar tais situações e viver de maneira intensa é  aceitar as diferenças entre as culturas, evitando assim o etnocentrismo.

Modelo de apresentação de "Palestra"- Estrutura de organização

Boa Noite a todos! Gostaria de agradecer o convite da professora Dr.ª Suzana Pagot e a Universidade de Caxias do Sul pela oportunidade e também dizer-lhes que é uma imensa satisfação estar aqui nesta noite para dialogar com vocês sobre a temática da Cultura.
Este tema foi escolhido em virtude das diversidades conceituais do termo cultura, tendo em vista a importância desses diferentes conceitos para cada área de conhecimento e também explicitar o amplo papel social que a cultura nos proporciona em nossas relações com sociedade e seus indivíduos.
Pelo fato de ser uma temática muito abrangente, fiz uma divisão para facilitar o entendimento das abordagens, primeiramente, falarei sobre o conceito básico de cultura e posteriormente, das distinções e diferentes concepções que as áreas do conhecimento ( Filosofia e Sociologia) definem como cultura.
Nesse primeiro momento falarei sobre o conceito básico de Cultura:
Mas afinal o que é cultura?
Cultura é: de modo mais geral o conhecimento, a arte, as crenças, a moral, a lei, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelos indivíduos de uma determinada sociedade ou grupo.
Como as áreas do conhecimento definem cultura?
Filosofia: De acordo com a filosofia a cultura é o conjunto de manifestações humanas que contrastam com a natureza ou o comportamento natural. A cultura é uma atitude de interpretação global e pessoal.
Sociologia: define Cultura como um conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais, aprendidos de geração em geração através da vida em sociedade. Seria a herança social da humanidade ou ainda de forma específica, uma determinada variante da herança social.
Para finalizar gostaria de destacar a cultura como um conjunto de representações, maneiras de ser, maneiras de se comportar e de agir, que é comum a um determinado grupo de indivíduos, a cultura é adquirida historicamente onde cada cultura apresenta-se de diferentes maneiras variando de sociedade para sociedade, ou de grupo para grupo.
A nossa cultura é muito importante para o desenvolvimento da sociedade. Podemos valorizar e respeitar as diferentes formas culturais? Que olhar temos em relação à cultura dos outros?
Todas as culturas são importantes e de certa forma estão interligadas e devemos sim respeitá-las e certamente temos muito a aprender com todas as formas culturais, pois elas enriquecem e complementam a nossa forma de pensar agir e nos manifestar.
Agradeço a atenção de todos vocês. Tenham uma boa noite repleta de reflexões. Muito obrigada!

Resenha do livro "A revolução dos bichos"- George Orwel.

Resenha da obra “A Revolução dos Bichos” de George Orwel
Éllen Silveira
O livro A Revolução dos Bichos foi escrito por George Orwel, o contexto histórico no qual foi escrito foi destacado pela Segunda guerra Mundial, porem foi editado apenas em 1945. A obra do autor ressalta aspectos de aversão a todo tipo de autoritarismo onde os bichos têm por objetivo conquistar e tomar conta da Granja do solar, cujo proprietário o Sr. Jones era um suposto inimigo dos animais, juntamente com todos os outros humanos. No segundo capítulo da obra, inesperadamente, falece o Major, um porco respeitado por todos os outros animais, sobretudo por toda sabedoria que os passava ao longo dos anos.
O Major havia passado aos demais animais muito de seus ensinamentos, de fato, muito relevantes para uma suposta revolução que deveriam organizar dentro da Granja Solar. Os porcos , assim como Major, ficaram com a tarefa de organizar e instruir todos os demais. Sendo assim essa tarefa recaiu sob o Napoleão e Bola de Neve, dois porcos muito inteligentes da granja, Napoleão possuía uma aparência ameaçadora, falava pouco, mas tinha grande força de vontade. Bola de Neve por sua vez, era mais ativo, tinha facilidade na comunicação, dentre os demais porcos também havia o Garganta cujo principal adjetivo era o manejo da palavra com brilho e ao falar algo difícil tinha o hábito de dar pulinhos. Esses três porcos ficaram responsáveis pela organização dos ensinamentos do velho Major e rapidamente rotularam esses ensinamentos com o nome de Animalismo.
“Varias noites por semana, depois que Jones dormia, realizavam reuniões secretas no celeiro e expunham aos outros os princípios do Animalismo.”(2000, p.19)
Todos os animais reuniam-se em assembleia todas as noites no celeiro pra expor suas dúvidas, medos e questionar os líderes sobre as mudanças que iriam ocorrer após a revolução. Alguns concordavam, outros achavam que iriam passar fome e ainda tinha aqueles que achavam que deveriam ser leais com o Sr. Jones, pois afinal, era o dono deles. Também tinha um corvo doméstico, chamado de Moisés, esse era o Corvo de estimação do Jones, era muito linguarudo e também espalhava mentiras e espionava os animais. Dentro desse contexto, os animais criaram um conjunto de ideias que serviria como instrução ao novo sistema chamado de animalismo, visto que, a revolução estava feita. Pois o Sr. Jones, bêbado dono da fazenda, certo dia, esqueceu-se de alimentar os animais e eles como esperavam por esse grande momento, revoltaram-se e colocaram Jones e os peões para fora da fazenda, com essa expulsão a fazenda era dos animais.
Os princípios do Animalismo foram colocados em prática a partir desse dia, havia sete mandamentos que constituíram as leis inalteráveis a partir de então, a granja Solar passou a chamar-se de Granja dos Bichos e deveria reger-se se fundamentando nesses princípios.
Esses Sete Mandamentos que seriam agora escritos na parede, constituiriam a lei inalterável pela qual a Granja dos bichos deveria reger sua vida a partir daquele instante, para sempre. Com alguma dificuldade (pois não é fácil um porco equilibrar-se a uma escada de mão) Bola de neve subiu e começou a trabalhar, enquanto Garganta, alguns degraus abaixo, segurava a lata de tinta. Os Mandamentos foram escritos na parede alcatroada em grandes letras brancas que podiam ser lidas a muitos metros de distâncias. Eis o que dizia o letreiro: Os Sete Mandamentos: 1.Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo 2. Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas ou tenha asa é amigo 3.Nenhum animal usará roupas 4. Nenhum animal dormirá em cama 5. Nenhum animal beberá álcool 6. Nenhum animal matará outro animal. Todos os animais são iguais (ORWEL,2000,p.27)
Diante dessas atribuições mencionadas acima, podemos fazer uma analogia com o funcionamento das sociedades, até mesmo com uma visão bem atual, percebe-se que o autor explicita os animais como personagens fictícios, porem relacionando-os ao comportamento humano, levando- nos a compreensão da sociedade e seu funcionamento em diferentes comandos e lideranças, onde independente de sistemas, ambos ambicionam o poder. Levando em conta a contribuição dos porcos com seu trabalho intelectual, chegamos à conclusão de que a fábula nos expõe é um mero exemplo de sociedade capitalista, onde os demais animais são os que mais trabalham e os que menos ganham.
Podemos perceber que os porcos foram os precursores dessa revolução e que os mandamentos em teoria são de uma sociedade socialista, mas existe uma contradição, logicamente na prática, onde eles comandam os demais animais e estipulam as regras e leis gerais aos mesmos, fazendo-os aderir ao sistema animalista, que praticamente foi imposto pelos líderes sob o restante dos bichos. Dessa forma podemos observar o egoísmo dos porcos no que diz respeito ao trabalho, fica bem claro que os porcos não trabalhavam, apenas supervisionavam e se utilizavam da sabedoria para manipular os outros bichos. Os demais bichos, maioria das vezes eram ignorantes e não eram tão eficazes nas habilidades de ler e escrever, por isso facilitava aos porcos que eram habilidosos nessas práticas o poder de fazer com que os demais animais simplesmente seguissem suas ordens.